A estrela pop internacional Bruno Mars está enfrentando pedidos para cancelar seu próximo show em Tel Aviv, Israel, devido a preocupações sobre o uso de tais eventos pelo governo israelense para desviar a atenção do atual conflito israelo-palestiniano. Vários parceiros do movimento, incluindo a Voz Judaica pela Paz (JVP), instaram Mars a reconsiderar a sua decisão de actuar na cidade, argumentando que seria equivalente a cruzar uma linha de piquete internacional.

Carta Aberta a Bruno Mars
Numa carta aberta dirigida ao artista, JVP expressou a sua preocupação sobre as potenciais implicações da performance de Mars em Tel Aviv. A carta afirma que, independentemente das intenções de Mars, o governo de extrema-direita de Israel, que tem sido descrito como o mais racista, homofóbico e autoritário da história do país, usaria o seu desempenho para encobrir ou “lavar a arte” dos seus crimes contra Palestinos. A carta afirma ainda que o governo israelita e os seus apoiantes exploram as actuações de artistas internacionais em Israel como propaganda.

Preocupações das organizações de direitos humanos
As políticas e práticas discriminatórias e racistas de Israel foram criticadas por várias organizações de direitos humanos, incluindo a Amnistia Internacional, a Human Rights Watch, o principal grupo israelita de direitos humanos B’Tselem e grupos palestinianos. Estas organizações documentaram inúmeras violações dos direitos humanos cometidas pelo governo israelita, o que levou a um maior escrutínio e a apelos aos artistas internacionais para boicotarem as actuações no país.

À luz destas preocupações, Bruno Mars enfrenta agora uma difícil decisão relativamente ao seu concerto agendado em Tel Aviv. Embora o artista ainda não tenha respondido à carta aberta ou aos apelos ao cancelamento, a controvérsia em torno da sua actuação realça as tensões e complexidades contínuas do conflito israelo-palestiniano e o papel que os artistas internacionais podem desempenhar no apoio ou no desafio do status quo.